quarta-feira, 13 de abril de 2011

E assim nasceu a “TROÇA CARNAVALESCA, SEGURA (O SAMBA) Q’EU DEIXO, BLOCO DOS SUJOS”, atualmente com 23. Depois da prosa tem vídeo!

Por: José (Zé) Bernardino (Berna) Medeiros

Brincar?

Numa destas tardes em família, o Zé conversava como seus sobrinhos, Guiu e Lena e com sua irmã Ray, na casa dela aqui em BH. Falavam sobre Carnaval, coisa q ainda era novidade para os dois, então meninos, Guiu e Lena. Aí começaram a fantasiar, viajar na maionese: um bloco imaginário, com gente fantasiada de barril de chope e de banana. Riu-se muito!
O Zé morava e mora no mesmo prédio da Ray, como de costume passou na casa da irmã, poucos dias depois do papo sobre Carnaval e qual não foi a sua surpresa, ao saber que a Lena havia convidado várias pessoas para saírem no bloco, no PEÇANHA, onde ela, o irmão e a mãe passavam o Carnaval.
Chegando o Carnaval, partiram para o Centro do Universo, PEÇANHA: Ray e família e Zé a tiracolo, para fazer o bloco, com a cara e coragem, três instrumentos de percussão, uma fantasia de Himam para Guiu, confeccionada pela saudosa Dirce, irmã de Ray e do Zé.
Chegando na casa do Zé Miquelino e Quitéria, irmã da Ray e do Zé, cadê os convidados, cadê mais instrumentos pra compor a bateria? O Cho, filho da Quitéria emprestou uma caixa de marujo e um reco-reco, a vizinha da casa, Zenaide, emprestou dois tamborins e dois ganzás (chocalhos), com mais uma timba, um afoxé e um ganzá, que o Zé trouxe, garantiu-se o barulho necessário.
Uma “faixa” de cartolinas emendas foi confecciona da pela Tereza Gandra, talco, rolos de papel higiênico, o Joãozinho Miquilino de Baiana e de bigode, o Devanio do Dirceu do Pichico de Rei Mono, ambos magérrimos, o Zé Bernardino com uma camisola da Quitéria, Guiu e Lena com suas fantasias e mais o Hemper do Donato, os netos do Dirceu Pichico e outros meninos da cidade, mas principalmente da turminha da Rua do Soca, formaram os componentes do bloco.
Saindo da casa do Zé Miquelino, Rua Carolino, de onde a Quitéria e outras pessoas, nos seguiram as gargalhadas, cantávamos uma “marujada”: “Sarta marujeiro, vamos desembarcar...” (autoria do Peixinho, já falecido), quando passamos ao lado da “Casa Velha”, um capiau, q virava um copo de pinga, entalou, virando pra entrarmos na Avenida, a “faixa” partiu, o Guiu seguia na frente, com peito estufado, pensando q era Himam, mesmo, João e o Devanio, em mais um frouxo de riso corram pra dentro do então, Bar do Chico e tiraram a fantasia, o arrasto acabou, mas aquilo foi um marco de alegria na cabeça e no coração, de quem viu e participou.
No outro ano compramos instrumentos, fizemos fantasias de saco para os meninos (fantasminhas do PC), o estandarte com um lençol do Babá e cruzeta de bambu, no outros tivemos os colãs, trazidos por um componente o Roberto Mauro, q vestiu suas “priminhas” (dos Perpetos) e o Zé da gaita com os ditos cujos.
  No outro ano a adesão do Fanin (marido da Cecé), da Ana da Tati e mais um monte de amigos (as), depois do falecimento da Quitéria, a emocionante confecção do estandarte (com outro lençol do Babá) em sua homenagem e adesão de seus / suas ex-alunos (as), do pessoal do meio rural ao bloco e a adesão dos Miquelinos.


 Enfim, todo o conjunto lúdico, moleque, da Rua do Soca, do Coreto do Jardim estava ali, na: ”TROÇA CARNAVALESCA, SEGURA O (samba) Q’EU DEIXO, BLOCO DOS SUJOS” ou A Marujada do Zé Bernardino, como dizia o Chico do Zeferino ou simplesmente O BLOCO DOS SUJOS, como é conhecido.
Nossos primeiros estandartes foram confeccionados por Tereza Gandra, os seguintes Maria Helena Medeiros de Moraes, a Lena filha da Ray.
Ray e Zé Bernardino fazem (fizeram) uma casa, em frente à Igreja Mahanata, no caminho da Rodoviária, na Rua Carlos Cunha, PEÇANHA, onde reuniam (reúnem) amigos (as), inclusive a bateria do bloco, debaixo de uma mangueira, em frente à casa, simplesmente pra bater papo e antes do Bloco sair.
Há anos, desde os três primeiros anos, com as primeiras doações de roupas usadas, as primeiras, por Ione (falecida), irmã da Ray e do Zé Bernardino, a grande massa do bloco sai, os homens vestidos de mulher (Escrotas) e as mulheres vestidas de homens (Coronéis), o que não impediu que se tivesse várias outras fantasias e até mesmo performances como as da filha do Zilin, Fanin e Elza do Belizário, apenas para citar alguns exemplos.
 A ânima do Bloco continuou com, Lincoln, Ivo, a incorporação do Rogério e Joana (bonecos gigantes), passando pela “Neguinha Dançarina” (boneca), que num sai mais, pela adesão das “Gatosas” (grupo de senhoras, que saem em ala, todas com o mesmo modelo de fantasia), fantasias doadas pelo Dr. Cezar (irmão do Ju do Dirceu), pelos Reis e Rainhas do Bloco: Zé da Gaita e Maria Padilha, pelo Walter de Jorge (Podreira), Munias Paralíticas, Palhaços, Fantasias de TMT, pelas doações de fantasia, por Cristina, Dona..., pelos os vizinhos, que amam o Bloco, pelos turistas, inclusive nossos (as) amigos (as), que passam o Carnaval em nossa casa. Nos últimos anos destaca-se o (a) Bioca, que de salto alto e uma produção de mais 3 horas, arrasa nos bloquetes da avenida!
Enfim temos histórias e casos pra mais de metro de alegria e risos, temos também, momentos de comoção, por isto redemos nossa homenagem ao amigo, Laurinho, que conosco irmanou na montagem de estandartes e na montagem do Bloco, durante muitos anos e agora está do lado de Deus!

Publicado no: http://pecanha.site.com.br/ , no idos 2009.



3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
fenyx disse...

BERNA ADOREI AS FOTOS ESTAUM MUI BEM .. EAE VC VAI PRO CARNAVAL PRA SUA CIDADE PRA SAIR NO BLOCO DOS SUJOS .
BEIJÃO BOA SORTE LA DIVIRTA-SE XAU SUA AMIGA LÚ.

Folha Secas, Marrons Meia Roxas e Amarelas, passado a limpo disse...

Vou uaí! Um ótimo Carnaval para vc, tb! Beijão!